Continuando
nossa coluna sobre a corrida para o Oscar 2017, hoje, trouxemos para vocês os 5 favoritos ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, de acordo com a crítica de Ricardo Odilec, especialista em sétima arte. Ele nos contou quais longas têm grandes chances de levar a estatueta mais desejada do cinema.
Quer saber quais são? Confira, abaixo, os cinco favoritos:
Como
sempre no cinema de Farhadi, uma situação cotidiana inicial se desenrola numa
sucessão de desdobramentos inimagináveis. Para isso, o diretor habilmente deixa
muitas sugestões e insinuações no ar, nunca confirmando todas as informações
que surgem. Interessado em discutir os ruídos na comunicação no âmbito familiar
moderno, Farhadi brinca com o espectador, soltando informações no seu devido
tempo para transformar a narrativa e rumar com sua história para direções
imprevisíveis. Por exemplo, nunca fica claro que tipo de agressão Rana sofreu
no apartamento, se apenas apanhou ou se foi também violentada sexualmente. A
violência sofrida por ela, independente de qual tenha sido, cria uma ruptura na
sintonia entre o casal, que passa a não conseguir se entender ou se comunicar
devidamente. Emad só quer saber de vingança, Rana só quer esquecer e se mudar
daquele lugar. Ambos atores, à noite se transformam para encenar A Morte do
Caixeiro Viajante, no qual também são um casal em crise, e logo o filme começa a
buscar respostas e sugestões nos diálogos travados entre Emad e Rana.
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País: Irã
Filme:
O Apartamento |
O filme traz à luz do dia um capítulo pouco
conhecido da história da Segunda Guerra Mundial sobre um grupo de jovens
prisioneiros de guerra forçados a retirar milhões de minas terrestres das
praias dinamarquesas. Uma história onde o amor, o ódio e a reconciliação vivem
lado a lado.
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País: Dinamarca
Filme: Land of Mine
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O
longa de Xavier Dolan é sobre a falta de comunicação, sobre laços
impossibilitados de serem reatados. Um filme em que os personagens não
conseguem se ouvir. Nos gritos e na montagem em excesso, o que há em É Apenas o
Fim do Mundo é uma sobreposição de falas que estão ali apenas para agredir. No
longa, há o caos, um estado permanente em que aquelas personagens se encontram.
Não é um cinema de movimentos dramáticos, mas de uma trama que gira em torno de
si mesma, como se nada captado pelas câmeras fosse mudar o que se vê, num constante
movimento sem direção, sentido ou até mesmo objetivo. Parece contraditório, mas é um filme muito bem desenvolvido que vale a pena ser assistido.
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País: Canadá
Filme: É Apenas o Fim do Mundo
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O
filme, que se passa na época da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, retrata
o destino cruzado de três personagens centrais: Olga (Iúlia Visotskaia), uma
aristocrata russa e membro da resistência francesa; o francês Jules (Philippe
Duquesne); e o oficial de alta patente das tropas nazistas chamado Helmut
(Christian Clauss). Uma história intrigante e envolvente.
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País: Rússia
Filme:
Paraíso |
O
filme de Maren Ade pode ser perfeitamente compreendido dentro do cinema autoral
alemão deste novo milênio. Toni Erdmann é uma comédia sobre reaproximação, que
tem como objetivo secundário explorar as máculas da vida de negócios a partir
da visão feminina – vítima de constantes pressões e, até mesmo, de assédios.
Neste caso, a presença de Winfried é usada para quebrar o gelo em um ambiente
executivo – teoricamente sério e fechado.
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País: Alemanha
Filme: Toni Erdmann
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Muito legal esses longas que Ricardo Odilec trouxe pra gente, né? Somos muito fãs de filmes estrangeiros. Ao invés de focarem nas superproduções, procuram explorar temas fortes e possuem roteiros extremamente envolventes e inteligentes. Vocês não acham?
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